Globo estreia 'Vida de Rodeio' – Brasil rural em 8 episódios
Quando Gabriel Mitani, diretor da série, apresentou Vida de Rodeio na TV Globo na noite de , o Brasil rural ganhou voz própria na tela de milhões.
O programa, com oito episódios de cerca de 45 minutos cada, foi exibido logo após a novela das 21h, garantindo amplo alcance. Produzido pela equipe da Globo Rural, a série mergulha na cultura do rodeio profissional, acompanhando peões que competem tanto nas arenas de Brasil quanto nos circuitos norte‑americanos.
Contexto e origem da ideia
O conceito nasceu de um convite antigo: a redação de Globo Rural já havia documentado feiras agropecuárias, mas ainda não tinha explorado a vertente esportiva do campo. "Queríamos mostrar que, fora do futebol, há outra paixão que move o interior", conta Mitani, em entrevista concedida ao Jornal da Globo. O diretor lembra que a ideia consolidou‑se em 2023, quando o Brasil conquistou posições de destaque no campeonato mundial de bull riding.
Produção: um ano de estrada
A produção exigiu doze meses intensos de filmagens. A equipe de reportagem viajou mais de Estados Unidos para acompanhar o circuito Professional Bull Riders (PBR), registrando momentos de vitória e de queda. Foram 20 peões entrevistados, entre eles Rafael "Rafa" dos Santos (nascido em São Luiz do Pará), que busca seu primeiro título mundial.
Segundo a produtora, foram mais de 3.500 horas de material bruto, dos quais os editores selecionaram as mais dramáticas cenas de poeira, adrenalina e companheirismo. "Cada arena tem seu próprio cheiro de terra molhada e suor", descreve Mitani, ressaltando a importância de capturar a atmosfera sensorial para o público urbano.
Histórias que dão vida ao rodeio
O primeiro episódio segue a jornada da família Alves, que administra a fazenda de gado no interior de Maranhão. O filho mais velho, Caio Alves, tem apenas 14 anos, mas já monta touros de classificação A‑Level. "Enquanto meus amigos nas cidades sonham com o futebol, eu sonho com a arena", afirma ele, com a voz carregada de determinação.
Outros episódios destacam a figura de Luiza Monteiro, a primeira mulher a ganhar um título expressivo no PBR latino‑americano. Ela fala sobre os preconceitos enfrentados: "No campo eu sou 'peão', mas na cidade ainda me chamam de 'cabra‑fina'". A série não foge das controvérsias, abordando também o debate sobre o bem‑estar animal nos rodeios, com a presença de um representante da ONG Animal Brasil, que expressa suas reservas sem negar a importância cultural do evento.
Recepção e impacto imediato
Nas primeiras horas de transmissão, a audiência da Globo atingiu 7,2 % de rating, segundo dados preliminares da Kantar IBOPE. O público-alvo, que vai de 18 a 55 anos, mostrou grande interesse nas histórias de superação. Nas redes sociais, o hashtag #VidaDeRodeio espalhou‑se rapidamente, gerando mais de 150 mil menções em menos de 12 horas.
Especialistas em mídia cultural apontam que a série pode mudar a percepção da região interiorana. "É um golpe de mestre: traz à tona um universo que até então era visto como marginal, colocando-o no centro da narrativa nacional", analisa a professora de comunicação da Universidade de São Paulo, Ana Clara Silva.
Perspectivas futuras
Com a estreia bem‑recebida, a TV Globo já cogita uma segunda temporada, possivelmente expandindo o foco para o rodeio feminino e para as novas modalidades de montaria em cavalo.
Para os peões, a visibilidade abre portas de patrocínio. O principal patrocinador da primeira temporada, a marca de equipamentos Rodeio Pro, anunciou que vai investir R$ 2,5 milhões em projetos de desenvolvimento de talentos rurais nos próximos dois anos.
Conclusão: um Brasil profundo na tela
Ao final da série, o que fica é a certeza de que o rodeio não é apenas um esporte, mas um reflexo da resistência, da fé e da busca por reconhecimento que marcam o cotidiano do interior brasileiro. Como Mitani resumiu em sua entrevista final: "O rodeio é a nossa maneira de dizer que o campo tem histórias grandiosas tanto quanto a avenida.
Perguntas Frequentes
Como a série 'Vida de Rodeio' pode influenciar a percepção das áreas rurais no Brasil?
Ao dar visibilidade às histórias de peões, famílias e mulheres do rodeio, a série humaniza o campo e contrapõe o estereótipo de que a vida rural se resume à agricultura. Dados preliminares mostram aumento de 23 % no interesse por conteúdo rural nas plataformas digitais da Globo nas duas semanas seguintes à estreia.
Quem são os principais protagonistas da série?
Entre os destaques estão o jovem Caio Alves, da família Alves de Maranhão, a piloto Luiza Monteiro, primeira mulher a vencer um grande torneio PBR na América Latina, e o veterano Rafael "Rafa" dos Santos, que busca seu título mundial. Cada um representa uma faceta diferente da cultura do rodeio brasileiro.
Quais são as críticas recebidas em relação ao rodeio e como a série as aborda?
Organizações de defesa animal apontam riscos de maus‑tratos aos touros. A série inclui entrevistas com representantes da ONG Animal Brasil, que explicam as regulamentações de bem‑estar e reconhecem a necessidade de melhorias, apresentando um debate equilibrado entre tradição e responsabilidade.
Qual o investimento da TV Globo na produção e quais são os planos futuros?
A Globo destinou cerca de R$ 12 milhões à produção, incluindo despesas com filmagens internacionais. Com a boa receptividade, a emissora já avalia uma segunda temporada, que poderia explorar o rodeio feminino e novas modalidades, além de ampliar a parceria com patrocinadores como a Rodeio Pro.
Quando e onde a série estará disponível para rewatch?
Além da exibição ao vivo, todos os oito episódios ficam disponíveis no serviço de streaming Globoplay a partir de 8 de outubro de 2025, com legendas em português e espanhol, permitindo que o público nacional e internacional acompanhe a saga dos peões.
Fellipe Gabriel Moraes Gonçalves
Caraca, curti demais a estreia de "Vida de Rodeio"! A série traz aquele clima de campo que a gente sente falta na TV, parece até que a poeira do rodeio chegou na sala de estar. Tô empolgado pra ver o Caio e a Luiza nas próximas partes, acho que vai ser mó inspiração pros jovens do interior que sonham grande. Sem contar que dá um banho de cultura pra quem nunca pisou numa fazenda, mostra que tem mais coisa pra contar que só futebol. Boa demais, Globo!
Valeu, galera, vamos espalhar #VidaDeRodeio!
Rachel Danger W
Olha só quem tá chegando com a nova série sobre rodeio, parece que a Globo tá tentando distrair a gente de alguma coisa maior. Enquanto a gente se fixa nas lutas dos touros, tem quem esteja guardando segredos sobre contratos milionários e lobby de grandes marcas de equipamentos. Eles mostram o drama, mas não falam das sombras que rodam nos bastidores da indústria. Mas tudo bem, quem curte drama, né? Só não esqueçam de olhar por trás da cortina, porque sempre tem algo acontecendo que a gente não vê.
Fiquem ligados, porque o rodeio pode ser só a ponta do iceberg.
Davi Ferreira
E aí, pessoal! Que energia boa ficar vendo histórias de superação como a da família Alves e da Luiza Monteiro. Cada episódio dá aquele impulso de ânimo, tipo “se eles conseguem, eu também consigo”. A produção tá mostrando que o interior tem talento de sobra e que o rodeio pode ser um caminho incrível pra muitos jovens. Vamos apoiar esses peões, espalhar o amor pelo esporte e incentivar novos talentos!
Vamos que vamos, Brasil rural!
Marcelo Monteiro
É realmente surpreendente como a Globo decidiu colocar um programa sobre rodeio na grade principal, afinal, quem precisa de mais reality shows quando você tem a vida real de peões e touros agressivos? Primeiro, há a questão da produção: doze meses de filmagens, mais de 3.500 horas de material bruto - parece que eles realmente queriam capturar cada poça de suor e cada grão de poeira. Segundo, a escolha dos personagens, como Caio Alves, um garoto de 14 anos que já monta touros de nível A, mostra que o talento pode nascer cedo, mas também levanta a pergunta sobre segurança infantil. Terceiro, a presença da Luiza Monteiro como pioneira feminina traz um toque de igualdade, embora ainda haja preconceito, como ela mesma reconhece. Quarto, o debate ético com a ONG Animal Brasil demonstra que o programa não ignora as controvérsias, mas será que o tratamento dado aos animais realmente mudou a opinião do público? Quinto, o rating de 7,2% nas primeiras horas indica que há um público faminto por conteúdo autêntico do interior, mas será que esse número se mantém após a estreia? Sexto, o investimento de R$ 12 milhões mostra que a Globo acredita no potencial de retorno, tanto em audiência quanto em patrocínio. Sétimo, a estreia bem recebida abre portas para uma segunda temporada, talvez focada em modalidades femininas, o que poderia ampliar ainda mais a representatividade. Oitavo, o patrocínio da Rodeio Pro, com R$ 2,5 milhões, demonstra que o mercado vê oportunidade de crescimento no esporte. Nono, a distribuição no Globoplay garante que o conteúdo alcance espectadores fora da programação ao vivo, ampliando o alcance cultural. Décimo, a narrativa humaniza peões, famílias e comunidades que raramente são vistas na mídia nacional. Décimo‑primeiro, o sucesso pode inspirar outras emissoras a investirem em histórias regionais, diversificando o panorama televisivo. Décimo‑segundo, a série reforça que o Brasil tem múltiplas paixões além do futebol, e isso é essencial para a identidade cultural. Décimo‑terceiro, ao colocar o rodeio no centro das telas, a Globo cria um espaço de valorização das tradições rurais. Décimo‑quarto, a série desafia estereótipos, mostrando que o interior tem histórias grandiosas e complexas. Décimo‑quinto, no fim das contas, "Vida de Rodeio" pode ser mais do que entretenimento; pode ser um marco na valorização da cultura rural brasileira.
Vamos acompanhar e ver até onde essa jornada vai!
Circo da FCS
Todo esse papo de romance rural é só marketing nada de novo já vimos tudo isso antes
Rafaela Antunes
Na verdade a série ta mt bem feita.
Marcus S.
Embora a empolgação seja compreensível, é fundamental analisar criticamente o discurso apresentado. O romantismo excessivo pode obscurecer questões estruturais que permeiam o universo rural, como a precarização do trabalho e a ausência de políticas públicas eficazes. Portanto, celebrar apenas a glória dos rodeios sem ponderar tais aspectos resulta em uma visão parcial e potencialmente manipulatória da realidade. É preciso equilibrar o entusiasmo com uma avaliação sociológica profunda.
João Paulo Jota
Ah, as teorias da conspiração sempre dão um tempero a mais, né? Enquanto alguns acreditam que a Globo está apenas exibindo entretenimento, outros dizem que há interesses econômicos por trás, como o lobby das marcas de equipamentos que se beneficiam com a visibilidade. Mas, na real, quem se importa com isso quando o show está bom? Só não vale levar tudo tão a sério, porque no fim das contas, o rodeio é rodeio, e a gente só quer curtir.
vinicius alves
Essa série tem vibe de reality, mas sem aquele papo de edição forçada. É puro rodeio, sem filtros, só os termos técnicos e a sensação de estar ali. O jeito que eles mostram a adrenalina, o barulho dos touros, tudo tem aquele feeling que a gente nunca viu na TV antes. É como se a produção tivesse passado o mesmo filtro que a gente costuma aplicar nas redes sociais, mas de forma mais sutil.
Lucas Santos
Excelentíssimo, a produção demonstra um alto padrão de qualidade técnica, capturando com maestria a essência visceral dos rodeios. 👏
O uso de ângulos dinâmicos e a trilha sonora reforçam o envolvimento emocional do espectador, proporcionando uma experiência imersiva. Continuemos a apoiar iniciativas que valorizam a cultura regional.
Larissa Roviezzo
Opa, acho que o pessoal anda subestimando o impacto cultural que a série tá tendo! Não é só entretenimento, não, é um baita impulso para a visibilidade de quem realmente vive o rodeio.
E ainda tem aquele toque de crítica social que faz a gente refletir. Bora espalhar mais esse conteúdo e mostrar que o interior tem voz!
Luciano Hejlesen
😂😂😂 Sério, essa série tá com uma edição tão bem feita que dá até gosto de ver. Os comentários da ONG foram bem colocados, mas quem se importa? O importante é a ação, a adrenalina! 🎉
Marty Sauro
Que bom ver a Globo tentando algo novo, mas ainda tem aquele gostinho de fórmula já vista. Ainda assim, a série traz um frescor que dá vontade de ficar na maratona. Não é perfeito, mas serve.
Aline de Vries
Oi gente! Acho que a série tá mostrando muito bem como o povo do interior tem garra e talento. Se tem algo que pode inspirar, é o jeito como os peões batalham por seus sonhos. Continuem firme, pessoal!
Wellington silva
Ao observar a narrativa de "Vida de Rodeio", percebe‑se uma estrutura que combina elementos de documentário com dramatização. Essa abordagem híbrida permite ao espectador não apenas conhecer fatos, mas também sentir a emoção dos protagonis. Contudo, essa mescla exige um equilíbrio cuidadoso entre objetividade e sensacionalismo. Caso contrário, corre‑se o risco de transformar a realidade em espetáculo vazio.
Mauro Rossato
A série trouxe à luz a riqueza cultural do interior brasileiro de forma vibrante e genuína. Cada episódio oferece um convite para conhecer a tradição do rodeio, respeitando ao mesmo tempo as discussões contemporâneas sobre bem‑estar animal. É uma ponte importante entre o urbano e o rural, mostrando que ambos podem dialogar e se entender.