Azul, companhia aérea brasileira, teve seu rating de crédito rebaixado para 'CCC+' pela S&P Global Ratings. Este rebaixamento reflete preocupações com a saúde financeira e gestão de dívidas da empresa. Apesar disso, a Azul negou planos para recuperação judicial, desmentindo especulações. A nota 'CCC+' indica risco elevado de inadimplência, afetando a confiança dos investidores.
Recuperação Judicial: o que você precisa saber agora
Se a sua empresa está com dívidas acumuladas e não vê saída, a recuperação judicial pode ser a solução. Não é um bicho de sete cabeças, mas exige atenção, documentos certos e o apoio de profissionais especializados. Neste guia vamos explicar passo a passo como o processo funciona, quem tem direito a solicitar e quais são os principais efeitos para credores e para a própria empresa.
Como funciona a recuperação judicial
Primeiro, a empresa precisa entrar com um pedido na justiça, apresentando um plano de pagamento que mostre como vai reorganizar as finanças. Esse plano inclui prazos, descontos para credores e, às vezes, a venda de ativos. Depois que o pedido é aceito, a empresa entra em um período de proteção: ela fica livre de execuções e de cobranças enquanto o plano é analisado.
Os credores são convocados para uma assembleia onde avaliam o plano. Se a maioria aprovar, o juiz homologa e a empresa começa a cumprir as metas estabelecidas. Caso o plano não seja aceito, a alternativa é a falência, que costuma ser mais onerosa para todos.
Principais vantagens e desafios
A grande vantagem é evitar a falência e manter a atividade econômica. O empresário ganha tempo para renegociar dívidas, reorganizar a estrutura e, muitas vezes, salvar empregos. Além disso, o plano pode incluir descontos significativos, reduzindo o valor total a pagar.
Por outro lado, o processo exige transparência total. A empresa deve abrir o livro‑caixa, revelar todos os contratos e estar pronta para responder a questionamentos dos credores. Há custos judiciais e honorários de advogados, que precisam ser previstos no plano. Também é preciso lidar com a reputação: fornecedores podem ficar mais cautelosos até verem a empresa cumprindo o acordo.Se a recuperação judicial for bem conduzida, a empresa sai mais forte, com dívidas ajustadas e um futuro mais sólido. O segredo está em planejar bem, contar com uma assessoria experiente e manter a comunicação aberta com todos os envolvidos.