Casarão Histórico de Belo Horizonte será Restaurado para Acomodar o Centro de Memória Ferroviária
Um dos marcos históricos mais importantes de Belo Horizonte, o Casarão da Rua Sapucaí, iniciará uma nova etapa de restauração. O edifício, que já foi a sede da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA), será transformado no Centro de Memória Ferroviária. Este projeto, ambicioso e necessário, começará em junho, com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2025.
A restauração é viabilizada por um investimento de R$ 2.127 milhões, obtidos através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da VLI, controladora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), e desenvolvimento da empresa Multicult. Esta é uma continuação da primeira fase, concluída em 2017, que focou na fachada do prédio e teve um custo de R$ 883 mil.
Construído na década de 1910, o Casarão da Rua Sapucaí é uma peça de grande valor histórico e cultural para a cidade. Com mais de 3 mil metros quadrados e 50 salas, o prédio necessitava de uma ampla reestruturação para preservar sua integridade e, ao mesmo tempo, adequar-se às novas funções que exercerá como o Centro de Memória Ferroviária.
O Projeto de Restauração
Entre as várias melhorias previstas, a restauração incluirá a instalação de novas redes elétricas, a execução de projetos luminotécnicos, renovação dos banheiros e cozinhas, substituição e ampliação dos elevadores, pintura interna e a recuperação do teto de madeira. Além disso, estão programadas intervenções paisagísticas e na área externa do casarão, visando a criação de um ambiente acolhedor e atrativo para os visitantes.
Importância Cultural e Histórica
A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais, Daniela Castro, destacou a importância do casarão para a história da cidade e, em especial, para a memória dos trabalhadores da rede ferroviária federal. Segundo ela, o prédio representa mais do que apenas um local de trabalho; é um símbolo da história de muitas famílias e trabalhadores que dedicaram suas vidas às ferrovias do país.
O Centro de Memória Ferroviária terá um papel crucial na preservação e divulgação dessa história. Ele abrigará itens como sinos, placas, maquinários e documentos que foram coletados ao longo dos anos e atualmente encontram-se armazenados no Iphan-MG. Com esta nova casa, esses objetos poderão ser exibidos ao público, trazendo à tona histórias e memórias valiosas.
Integração Urbana
O projeto de restauração do casarão também faz parte de um esforço maior de requalificação urbana da Rua Sapucaí, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte. Essa ação inclui a criação de áreas públicas, plantio de árvores, paisagismo e construção de uma arquibancada e banheiros públicos. A integração dessas melhorias visa transformar a região em um ponto de encontro cultural e de lazer para os moradores e visitantes.
As obras de requalificação urbana e a revitalização do casarão são vistas como um passo importante para a preservação da memória histórica de Belo Horizonte. Elas também representam um investimento no futuro da cidade, ao criar um espaço que celebra a herança ferroviária e proporciona uma nova dinâmica cultural ao ambiente urbano.
A História do Casarão
O casarão, com sua arquitetura imponente e detalhe requintado, foi construído na década de 1910 e serviu como sede administrativa da Rede Ferroviária Federal por muitas décadas. Durante esse período, foi palco de inúmeras decisões e acontecimentos importantes que moldaram a história das ferrovias em Minas Gerais e no Brasil. A restauração do edifício não é apenas uma requalificação física, mas também um resgate das muitas histórias e lembranças que ele abriga.
O Futuro do Centro de Memória
Com a conclusão das obras de restauração previstas para 2025, o Centro de Memória Ferroviária promete ser um ponto de referência cultural e histórico em Belo Horizonte. Ele não só preservará o patrimônio ferroviário brasileiro, mas também oferecerá ao público a oportunidade de se conectar com essa rica história através de exposições, atividades educativas e eventos culturais.
A ideia é que o centro se torne um espaço vivo, onde a história das ferrovias seja contada de maneira dinâmica e envolvente. Nesse sentido, a participação da comunidade será fundamental para o sucesso do projeto. A expectativa é de que o centro contribua para o fortalecimento da identidade cultural da cidade e para a criação de uma consciência coletiva sobre a importância da preservação do patrimônio histórico.
A restauração do Casarão da Rua Sapucaí e a criação do Centro de Memória Ferroviária representam um marco significativo na trajetória de Belo Horizonte. Ao olhar para o passado e preservar a história, a cidade dá um passo importante rumo ao futuro, reforçando seu compromisso com a cultura, a memória e a identidade de seus cidadãos.
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