Restituição do IR 2025: Receita libera 4º lote com R$ 2,9 bi; veja quem recebe

Quem está no 4º lote e quanto será pago

Dinheiro na conta para 1.884.035 contribuintes. A Receita Federal começou a pagar, nesta sexta-feira, 29 de agosto, o 4º lote da restituição do IR 2025, somando R$ 2.917.617.001,41. O crédito inclui também restituições residuais de anos anteriores — aquelas que ficaram pendentes por correções ou liberação posterior.

O lote vem com fila organizada por prioridades legais e por quem optou por recursos digitais. Do total desembolsado, cerca de R$ 454,6 milhões estão reservados a públicos prioritários. Veja como ficou a distribuição dentro do grupo com prioridade:

• Idosos com 80 anos ou mais: 13.515 contribuintes
• Idosos de 60 a 79 anos: 72.434 contribuintes
• Pessoas com deficiência, doença grave ou mental: 7.821 contribuintes
• Profissionais do magistério: 22.841 contribuintes
• Quem usou declaração pré-preenchida e/ou escolheu receber via PIX: 312.915 contribuintes

Fora das prioridades, 1.454.509 contribuintes recebem pelo fluxo normal, respeitando a ordem de entrega e processamento das declarações.

O calendário de 2025 tem cinco lotes. Três já foram pagos, o quarto está sendo liberado agora e ainda resta um último crédito:

• 1º lote: 30 de maio
• 2º lote: 30 de junho
• 3º lote: 31 de julho
• 4º lote: 29 de agosto
• 5º e último lote: 30 de setembro

Se seu nome não apareceu neste pagamento, há mais uma chance no quinto lote, já marcado para 30 de setembro.

Por que algumas restituições saem como residuais? Normalmente, são casos que passaram por revisão, retificação ou liberação após análise adicional. A Receita cruza informações com informes de rendimentos, médicos, escolas, planos de saúde e bancos. Quando tudo bate, a restituição entra no lote seguinte disponível.

Como consultar, receber e resolver pendências

A consulta para este 4º lote foi aberta em 22 de agosto. O caminho é simples e dá para fazer pelo site da Receita ou pelo app “Meu Imposto de Renda” no celular. O passo a passo é direto:

1. Acesse a área “Meu Imposto de Renda”
2. Entre em “Consultar Restituição”
3. Informe CPF e data de nascimento
4. Faça a verificação de segurança
5. Confirme em “Consultar”

Ali você vê se foi contemplado agora, se está “em fila de restituição”, “em processamento” ou se há alguma pendência apontada.

O pagamento cai na conta ou na chave PIX informada na declaração. Confirme se os dados bancários estão corretos para evitar devoluções. Se o crédito não for efetivado por problema na conta, o valor fica disponível para reagendamento no banco pagador (o Banco do Brasil realiza o pagamento), mediante identificação do titular. É um processo rápido, mas exige conferência dos dados.

Existe prazo para resgatar? Sim. A Receita dá até um ano a partir da data do crédito para você sacar ou reagendar. Se esse período passar, é preciso fazer um novo pedido de restituição pela área de serviços do e-CAC, vinculada à Receita. É melhor não deixar para a última hora.

Ficou fora do 4º lote e quer entender o motivo? Alguns status ajudam:

• “Em fila de restituição”: sua declaração foi processada e aprovada, mas ainda aguarda vaga em lote. Você deve entrar em um dos próximos créditos — neste caso, o 5º.
• “Em processamento”: a Receita ainda está analisando seus dados. Sem pendências apontadas, é só aguardar.
• “Com pendências” ou “Em malha”: existe alguma inconsistência. Nesse cenário, vale checar os detalhes e corrigir o que for necessário.

Malha fina não é sentença definitiva. Em muitos casos, uma simples retificação resolve. O que mais segura a restituição? Despesas médicas sem comprovante ou com CNPJ errado, dependentes duplicados entre pais, pensão alimentícia sem decisão judicial, informações de aluguel que não batem com o recebido por quem locou o imóvel, e contribuições à previdência declaradas fora do limite legal. Se algo disso aparecer, reúna os documentos e faça a retificação pelo programa ou pelo e-CAC. Quanto antes você ajustar, mais rápido volta para a fila de pagamento.

Quer aumentar sua chance de prioridade no próximo ano? Dois caminhos ajudaram muita gente neste lote: usar a declaração pré-preenchida e optar por receber via PIX (chave CPF). A pré-preenchida puxa dados já informados por fontes pagadoras e por outros órgãos, reduz o erro de digitação e acelera o processamento. A escolha por PIX facilita o crédito, desde que a chave seja o CPF do titular da declaração.

Professores seguem com prioridade legal, assim como idosos e pessoas com deficiência ou doença grave. Se você se encaixa em uma dessas situações, confira se marcou corretamente a condição na declaração. Isso evita cair para o fluxo comum por um detalhe.

Outra dica que poupa dor de cabeça: guarde recibo de entrega e todos os comprovantes por, no mínimo, cinco anos. Se a Receita pedir, você já tem tudo organizado. Digitalizar e salvar em nuvem ajuda — e evita perder papel quando mais precisa.

Sobre segurança digital, um alerta rápido: a Receita não manda link por e-mail, SMS ou mensagem instantânea pedindo confirmação de dados bancários ou senha. Se receber algo assim, desconfie. Para consultar ou corrigir a declaração, entre sempre pelos canais oficiais e use sua conta gov.br. É o jeito mais seguro.

E se o valor depositado não bater com o que você esperava? Pode ter havido compensação de débitos. Quando há dívida em aberto com a União, a legislação permite abater do valor a restituir. A consulta detalhada mostra esse ajuste. Quitou a dívida depois da entrega? Uma retificação pode atualizar a situação para os próximos lotes residuais.

Em caso de separação, pensão ou guarda compartilhada, a regra dos dependentes costuma gerar dúvidas. Vale lembrar: só um dos responsáveis pode lançar o dependente no IR. Se os dois fizerem isso ao mesmo tempo, ambos podem cair em análise. O mesmo vale para despesas médicas de dependentes: quem declarar precisa ter os comprovantes no próprio nome ou no do dependente informado.

Recebeu rendimentos de investimentos? Corretoras enviam informes; é com base neles que você preenche a declaração. Divergências com o que as instituições reportam costumam travar restituições. Se a diferença for pequena e você percebeu só agora, retifique. Em geral, a liberação acontece nos próximos residuais depois da regularização.

Trabalhadores com múltiplas fontes de renda também devem ficar atentos ao imposto retido na fonte de cada empregador. Se um CNPJ não foi incluído, o sistema aponta falta de informação e empurra a análise para a malha. Confere folha por folha e verifique se a soma do IR retido bate com os informes.

Por fim, um lembrete para quem declarou com conta conjunta ou informou conta de terceiros: a restituição só cai na conta do titular da declaração (ou do titular da declaração conjunta). Se houver divergência, o banco devolve o crédito. Ajuste isso antes do próximo lote para não perder tempo.

O 4º lote chega em um momento em que muitas famílias estão organizando as contas do mês. Mesmo sem regra sobre como usar o dinheiro, especialistas costumam sugerir priorizar dívidas caras, como rotativo do cartão e cheque especial, e montar uma reserva para emergências. Planejamento simples faz diferença — e evita depender de crédito caro lá na frente.

Recapitulando: o 4º lote paga R$ 2,917 bilhões para 1,88 milhão de contribuintes, com R$ 454,6 milhões destinados a prioridades como idosos, pessoas com deficiência ou doença grave, professores e quem aderiu à pré-preenchida e/ou ao PIX. A consulta está aberta e o último lote do calendário 2025 sai em 30 de setembro. Se algo travou, ajuste pela retificação e acompanhe o status pelos canais oficiais.