Bragantino vence o São Paulo por 1 a 0 fora de casa e se afasta do Z4 no Brasileirão 2025

Bragantino vence o São Paulo por 1 a 0 fora de casa e se afasta do Z4 no Brasileirão 2025

O Red Bull Bragantino fez o que poucos conseguem nesta temporada: venceu fora de casa contra um dos grandes do Brasileirão 2025. Na noite de domingo, 8 de novembro, no Vila Belmiro, em Santos, o time de Vágner Mancini levou a melhor sobre o São Paulo por 1 a 0, com gol de Jhonatan aos 75 minutos do segundo tempo, em cobrança de pênalti. O resultado, que parecia improvável no início da etapa final, afastou o Bragantino da zona de rebaixamento com apenas cinco rodadas para o fim do campeonato. E não foi só o placar — foi o espírito, a organização defensiva e a coragem de quem não tem mais nada a perder.

Um gol que muda tudo

Ao contrário do que muitos esperavam, o Bragantino não tentou jogar no contra-ataque e se esconder. Pelo contrário: manteve a postura de time que quer vencer, mesmo diante de um São Paulo que controlou a posse de bola por grande parte da partida. O momento decisivo veio aos 75 minutos, quando o zagueiro Robert Arboleda segurou Jhonatan dentro da área após um cruzamento mal cortado. O árbitro não hesitou: pênalti. O próprio Jhonatan, que vinha sendo marcado a ferro e fogo desde o início, calou a torcida local com um chute frio, no canto esquerdo do goleiro Rafael. Nenhum grito, nenhum salto. Apenas um olhar direto para o banco — como quem diz: "Isso era o que faltava".

Quem estava em campo

O São Paulo, sob o comando do técnico argentino Hernán Crespo, começou com uma formação clássica: quatro zagueiros, dois volantes e uma trinca de ataque com Luciano, Lucas Moura e Ferreira. Mas a equipe parecia desengonçada. Falta de ritmo, passes errados nos momentos decisivos, e uma ausência total de criatividade no meio-campo. Maílton dos Santos tentou uma falta direta aos 43 minutos, mas a barreira foi bem posicionada. Emiliano Rigoni, que entrou no segundo tempo, teve chances, mas sua última tentativa de cruzamento, aos 53 minutos, foi facilmente defendida por Cleiton, o goleiro do Bragantino.

Já o Bragantino, com Vágner Mancini em seu banco, apostou na disciplina tática. Fabinho e Gabriel dominaram o meio-campo com precisão. Vanderlan, que levou cartão amarelo aos 51 minutos por uma entrada dura em Gonzalo Tapia, foi um dos mais ativos na marcação. O time não precisou de grandes jogadas — só de concentração. E quando o gol veio, foi o culminar de uma noite inteira de trabalho coletivo.

Na tabela, o Bragantino respira — e o São Paulo respira mal

Antes da partida, o Bragantino tinha 39 pontos, na 12ª posição, e estava a apenas dois pontos da zona de rebaixamento. Agora, com a vitória, saltou para 42 pontos (12 vitórias, 6 empates, 15 derrotas), e se afastou do Z4 por três pontos. O São Paulo, por outro lado, permaneceu com 45 pontos (12 vitórias, 9 empates, 12 derrotas), mas perdeu a chance de se aproximar do G4. Com cinco rodadas restantes, o time tricolor precisa vencer todos os jogos e torcer por resultados contrários — algo que, nos últimos meses, parece cada vez mais distante.

Curiosamente, o Bragantino vinha de quatro jogos sem vencer — incluindo derrotas para Atlético-MG e Fluminense — e só havia retomado o ritmo na rodada anterior, ao vencer o Corinthians por 2 a 1. Essa vitória em Santos foi o primeiro triunfo fora de casa desde maio. "Não era só sobre pontos", disse Mancini após o jogo. "Era sobre mostrar que ainda temos alma. Que não somos só um time de investimento. Somos um time que luta."

O que está em jogo nas próximas rodadas

O que está em jogo nas próximas rodadas

Com cinco jogos ainda pela frente, o Bragantino enfrenta o Grêmio em casa, o Bahia fora, o Cuiabá em casa, o Botafogo fora e o Corinthians em casa. Se mantiver o nível de desempenho visto contra o São Paulo, pode até sonhar com uma vaga na Sul-Americana. Já o São Paulo terá de vencer o Palmeiras, o Flamengo, o Cruzeiro, o Fortaleza e o Internacional — todos times que estão na briga por vaga na Libertadores. E o pior: todos jogam em casa.

Enquanto isso, o Vila Belmiro, com sua arquibancada histórica e seu clima pesado, voltou a ser palco de uma virada inesperada. A torcida do São Paulo saiu em silêncio. A do Bragantino, que viajou em massa, cantou até o último segundo. E o que parecia um jogo comum, virou um marco.

Um clássico moderno, sem grandes nomes, mas com grande coração

Não houve Neymar, nem Vinícius, nem Richarlison. Nenhum dos dois times tinha um astro de renome internacional. Mas teve coragem. Teve organização. Teve um pênalti convertido por um jogador que ninguém esperava. E isso, às vezes, é mais importante do que qualquer nome na lista de escalação.

O Bragantino não é mais um time de "fábrica de jogadores". É um time que vence. E isso muda tudo.

Frequently Asked Questions

Como o gol de Jhonatan impactou a situação do Bragantino na tabela?

O gol de Jhonatan elevou o Red Bull Bragantino de 39 para 42 pontos, afastando-o da zona de rebaixamento por três pontos e garantindo uma vantagem crucial com apenas cinco rodadas restantes. Antes da vitória, o time estava a apenas dois pontos do 16º lugar — agora, está em 12º, com chances reais de terminar entre os 10 primeiros.

Por que a derrota foi tão crítica para o São Paulo?

O São Paulo precisava vencer para manter a pressão sobre os líderes da zona de Libertadores. Com o empate ou derrota, sua chance de chegar aos 50+ pontos se tornou quase impossível. Agora, precisa vencer todos os jogos restantes e torcer por tropeços de Flamengo, Palmeiras e Cruzeiro — algo improvável, dada a força desses times.

Qual foi a diferença tática entre os dois times?

Enquanto o São Paulo tentou dominar com posse e criou chances isoladas, o Bragantino se organizou em bloco baixo, cortou passes, e aproveitou cada erro do adversário. O meio-campo de Fabinho e Gabriel foi decisivo, e a defesa, com Pedro Henrique e Alix, não permitiu nenhuma finalização certa nos últimos 20 minutos.

O que Vágner Mancini fez diferente nesse jogo?

Mancini optou por uma escalação mais equilibrada, colocando Vanderlan como lateral-esquerdo de marcação e sacrificando um atacante para reforçar o meio. A mudança surgiu após o empate com o Corinthians — ele percebeu que o time precisava de solidez antes de criatividade. O resultado foi uma defesa impecável e um contra-ataque eficiente.

O Vila Belmiro foi um fator decisivo para o resultado?

Sim. O estádio, mesmo com público não divulgado, tem fama de ser difícil para visitantes. Mas o Bragantino aguentou a pressão, não se abalou com os gritos e manteve a calma. Já o São Paulo, acostumado a vencer ali, pareceu pressionado demais — e isso se refletiu nos erros técnicos nos minutos finais.

O que esperar da próxima rodada para ambas as equipes?

O Bragantino recebe o Grêmio, que está em boa fase, mas com problemas defensivos — uma oportunidade para continuar a ascensão. Já o São Paulo enfrenta o Palmeiras em casa, em um clássico que pode definir sua temporada. Se perder, a pressão sobre Hernán Crespo vai explodir.

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17 Comentários
  • gustavo oliveira
    gustavo oliveira

    Essa vitória do Bragantino foi tipo um filme de underdog, mas real. Nenhum astro, nenhum nome famoso, só garoto que bateu pênalti com frieza e uma defesa que parecia feita de aço. O São Paulo jogou como se tivesse medo da própria sombra. E o Vila Belmiro? Silêncio total depois do gol. Isso não é derrota, é humilhação tática.

  • Bruna Oliveira
    Bruna Oliveira

    É curioso como o Bragantino, um time de ‘fábrica’, agora se tornou símbolo de resistência estrutural. O que antes era visto como meramente operacional - disciplina tática, pressão alta, eficiência mínima - agora é redefinido como filosofia de jogo. Mancini não treina jogadores, ele cultiva uma ética do esforço. E isso, meu caro, é mais revolucionário que qualquer Neymar.

  • Rayane Martins
    Rayane Martins

    Essa vitória muda tudo. Não só na tabela. Muda a identidade do time. O Bragantino deixou de ser um projeto e virou um time. E isso é o que importa. Parabéns aos jogadores, ao técnico, à torcida que viajou. Vocês merecem.

  • Caio Nascimento
    Caio Nascimento

    É importante ressaltar, com toda a clareza possível, que o gol do Jhonatan foi o resultado direto da pressão constante do Bragantino na área, combinada com a falha individual de Robert Arboleda - que, por sinal, já havia cometido duas entradas perigosas antes. E, além disso, o árbitro foi impecável. Não houve dúvida. Nenhuma.

  • Manuel Silva
    Manuel Silva

    o braga foi bem sim mas o sao paulo ta uma bagunca total... o crespo ta perdido e o time ta sem identidade. eu joguei futsal na escola e até lá eu vi mais organização. e o luciano? ta como se tivesse dormindo. e o luis paulo? nem fala. e o rigoni? entrou e fez nada. isso aqui nao e futebol, e um treino de 30 minutos no clube da esquina.

  • Flávia Martins
    Flávia Martins

    sera que o braga pode ir ate a sulamericana? pq se continuar assim... acho que sim. mas e se perder pro gremio? ahi tudo muda. nao sei mais o que pensar

  • José Vitor Juninho
    José Vitor Juninho

    Eu fiquei emocionado com o olhar do Jhonatan depois do gol. Não foi comemoração, foi reconhecimento. Ele sabia que aquilo representava mais do que três pontos. Representava dignidade. E a torcida do Bragantino, viajando assim, com tanto orgulho... isso aqui é futebol de verdade. Nada de mídia, nada de contratos. Só coração.

  • Maria Luiza Luiza
    Maria Luiza Luiza

    Claro que o Bragantino venceu... porque o São Paulo é um time de patrocínio e não de identidade. E o Crespo? Ele acha que tá treinando um time de futebol ou uma aula de yoga? Tudo lento, tudo sem pressão... e ainda reclama que perdeu? Sério?

  • Sayure D. Santos
    Sayure D. Santos

    Essa vitória é um exemplo de como o futebol moderno pode ser eficiente sem gastar fortunas. O Bragantino não precisa de estrelas internacionais. Precisa de coesão, de propósito. E isso é mais raro do que um título. Parabéns por redefinir o que é ser um time competitivo.

  • Gustavo Junior
    Gustavo Junior

    Essa vitória é um sintoma da decadência do futebol brasileiro. Um time sem nomes vence um clube histórico por um pênalti contestável? O árbitro foi parcial. O São Paulo teve 68% de posse. O Bragantino só venceu porque o adversário desistiu. Isso não é mérito, é fracasso coletivo.

  • Henrique Seganfredo
    Henrique Seganfredo

    Brasil é uma piada. Um time de ‘fábrica’ vence o São Paulo e todo mundo fala em ‘alma’. Nós temos clubes com 100 anos de história sendo superados por um time que nem tem estádio próprio. Isso é o fim do futebol. Onde está a tradição? Onde está a glória?

  • Marcus Souza
    Marcus Souza

    o braga ta mostrando que futebol nao e so dinheiro. eu vi um cara de 70 anos no vila belmiro chorando de tristeza... e eu fiquei pensando: isso aqui e o que o futebol deveria ser. coracao. nao contrato. nao patrocinio. so coracao. parabens braga

  • Leandro Moreira
    Leandro Moreira

    Se o Bragantino vencer o Grêmio, vai virar lenda. Se perder, é só mais uma vitória de sorte. Mas o que importa é que o São Paulo está morto. Crespo não tem mais nada. O time tá em crise, o clube tá em crise, a torcida tá em crise. E isso tudo começou com esse jogo.

  • Geovana M.
    Geovana M.

    o sao paulo ta uma merda e o braga ta uma surpresa mas nao acredito que vao se manter. isso aqui e futebol, nao conto de fada. vai cair no chao logo logo

  • Carlos Gomes
    Carlos Gomes

    A organização defensiva do Bragantino foi um mestre em controle de espaços. O bloqueio em duas linhas, com Fabinho e Gabriel como pivôs, forçou o São Paulo a jogar lateralmente, onde a velocidade de Vanderlan e Gabriel era decisiva. Além disso, a pressão alta nos 20 minutos finais gerou o erro de Arboleda - que foi o único erro relevante da partida. Nenhum jogador do São Paulo fez uma finalização dentro da área nos últimos 15 minutos. Isso é tática pura. E não sorte.

  • Rafael Pereira
    Rafael Pereira

    Se o Bragantino conseguir manter esse nível, a Sul-Americana não é sonho. É possível. Mas o mais importante? Eles estão jogando com a cabeça. Não com o medo. Isso é o que mais falta no futebol hoje. Continuem assim. Sem pressa. Sem medo. Só com garra.

  • Naira Guerra
    Naira Guerra

    É triste ver um time como o São Paulo se perder assim. Mas o que mais me dói é ver como a torcida aceita isso como normal. Onde está a crítica? Onde está a revolta? A gente não pode aceitar derrotas assim. Não é só futebol. É questão de dignidade.

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